Nome-Cambridge Bay

O magnífico pirámide de Kukulkan, em Chichen Itza, Yucatan. Foto Margi Moss

Na comunidade de Bettles, Alasca… o hotel onde dormimos.

26 de junho – 11 de julho, 1997

Rota: Alasca:-  Nome, Fairbanks, Anaktuvak Pass, Prudhoe Bay (Deadhorse). Canadá:- Inuvik, Tuktoyaktuk, Inuvik, Norman Wells, Yellowknife, Cambridge Bay 

Quando decolamos de Nome para voltar a Fairbanks, testemunhamos em primeira mão a rapidez com a qual as condições de tempo mudam nas regiões árticas. Eram três da tarde, num dia ensolarado de céu azul sem nuvens. Quando acelerávamos para a decolagem, o temido sea-fog (nevoeiro marinho) já estava chegando do Mar de Bering. Demos várias voltas para tirar fotos do fenômeno. Em questão de minutos, a cidade foi totalmente coberta. Se Nome tivesse sido nosso destino, em vez de ponto de partida, estaríamos numa situação difícil. Ao pousar em Fairbanks, ficamos arrasados ao saber que um jovem piloto havia sofrido um acidente fatal quando tentava fazer a aproximação à pista de Nome na neblina.

No dia seguinte, continuamos rumo ao norte, atravessando o Círculo Ártico e pernoitando em Bettles (população: 50), ao lado da Brooks Range, última cadeia de montanhas antes da vasta planície sem árvores de North Slope, que vai descendo até o Oceano Ártico. Fizemos um vôo espetacular por cima do Gates of the Arctic National Park, antes de prosseguir para Barrow. Atravessando o 70° Norte, o GPS passou a fornecer os rumos baseados no Norte Verdadeiro, e não no Norte Magnético. Ficamos grudados às cartas aeronáuticas para controlar nossa posição. Setenta milhas antes de Barrow, uma frente chegando do Ártico fechou nosso caminho. A temperatura caía em direção a zero grau, havia chuva grossa e nuvens negras à frente, e não conseguimos fazer contato com o operador de rádio de Barrow. Fomos obrigados a desistir de Barrow, e aproamos ao aeroporto de Deadhorse, em Prudhoe Bay. Debaixo das asas, bilhões de lagos que eram blocos de gelo azul derretidos somente nas bordas.

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