25 de setembro de 2001
Desde o momento em que pousei em Fernando de Noronha, senti uma grande felicidade. Nada estranho nisso, dado a beleza do lugar e os paparicos do André. As dificuldades pelas quais passei na travessia parecem pesadelos de outra vida. Gostaria de ter ficado uma semana, mas tinha ainda que fechar esse circulo que comecei traçar pelo mundo.
Não há estoque de Avgas em Noronha. A equipe no Rio tinha organizado a remessa de 80 litros para a ilha em galões com a super ajuda do amigo Vicente Fraga no Recife e transportado até a ilha, cortesia da Agemar (empresa de transporte marítima). Obrigado a todos! Em linha direta, Recife fica a 295 milhas (545 km) e poderia ter encurtado o vôo sobre o mar chegando acima do continente perto de Natal para depois acompanhar a costa ate Recife. Mas depois de sobrevoar tantas milhas de oceano bem mais remoto, não tinha porque temer um trecho de 550 km.
Noronha não é um aeroporto internacional. Levando em conta as condições especiais desse vôo, conseguimos a permissão de aterrissar e pernoitar na ilha antes de fazer os tramites oficiais de entrada no Brasil no aeroporto dos Guararapes, onde o agente da alfândega resolveu passar o “pente fino”. Pela primeira vez em 100 dias e 30 paises, tive que tirar minha mala e colocar cuecas e meias na asa para serem inspecionadas. Como se eu tivesse espaço ou cabeça para estar trazendo moamba!
Logo depois, decolei novamente para pousar no aeroporto Encanta-Moça a convite do Aeroclube de Pernambuco onde me receberam com muito calor nordestino e um bom churrasco. Já me senti de volta em casa.
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