Djibuti

A camada de areia na borda de ataque do avião quando cheguei em Djibuti, grudada durante horas de voo em névoa seca.

A camada de areia na borda de ataque do avião quando cheguei em Djibuti, grudada durante horas de voo em névoa seca.

24 de agosto de 2001

Foi bom ficar em terra durante um dia inteiro mas mesmo assim, parece que nunca tenho direito de dormir até tarde. Precisei checar várias coisas no motor e como não havia um hangar disponível onde poderia ficar ao abrigo do sol, tive que ficar em pleno asfalto. Ao meio dia a temperatura alcança uns 45 graus. Portanto, quanto mais cedo, melhor. Hoje houve muito vento, e infelizmente vindo do noroeste, precisamente o meu rumo para Luxor amanhã.

Espero ter resolvido o problema da temperatura do óleo. Fiz um ajuste na dobradiça do direcionador do ar, e amanhã durante o vôo, verei se o aumento do fluxo do ar resfria mais o óleo. Na verdade, o calor danado que faz por aqui também não ajuda.

O vento quente e seco que sopra do deserto Danakil me deixou enlouquecido de sede. A meio-dia, já tinha bebido 2.5 litros de água, e queria varia um pouco o sabor da bebida. Raramente bebo isso (foto), mas achei a garrafa divertida.

À tarde, quase fui preso de novo. Por quê? Quando tirei essa foto (veja à direita) no mercado, um policial me abordou e perguntou em tom altamente agressivo se eu tinha uma autorização do Departamento de Relações Exteriores de Djibuti para fotografar. Não gostei da atitude ameaçadora e vi que ele procurava encrenca. Pedi desculpas, virei as costas e me mandei às pressas antes que ele pudesse fazer mais alguma coisa. De toda maneira, não há nada que valha a pena fotografar nesta cidade e passar 5 minutos atrás das grades. É marcante a deterioração desde a última vez que estive aqui em 1990. O que mais chama a atenção na rua são as montanhas de lixo podre. Vou guardar meus rolos de filme Kodak E100VS para o Egito.

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