14 de julho de 2001
O sábado amanheceu ensolarado, mas as montanhas estavam escondidas pelas nuvens.
Resolvi dar um pulo até o fly-in (uma reunião aérea) da EAA em Arlington, um vôozinho de meia hora de Boeing Field na direção de Vancouver. A aproximação a Arlington foi interessante. Todos os aviões convergiram sobre um aeroporto vizinho chamado Green Valley, e prosseguiram em fila indiana até Arlington. Ninguém respondia as chamadas de rádio! Adoro essa atitude laissez-faire, (porém de competência responsável) tão presente nos EUA, mas única no mundo.
Arlington não é bem Oshkosh, mas havia um ambiente familiar e animado. Estacionei o Ximango na grama e fui convidado para subir ao pódio para falar da viagem no alto-falante. A multidão logo quis conhecer o Ximango, e encontrei muitas pessoas interessantes, como Edouard que trabalha em Punta Arenas com o avião espião ER2 que estuda a camada de ozônio sobre a Antártica. Vieram John e Joyce Proctor que viveram a bordo de seu Albatross e voaram na Rússia e na China. Bill Berson, que está re-construindo um motoplanador no Alaska, me ofereceu abrigo no hangar quando estiver em Anchorage. E aí chegou Bruce Angell, dono de um Ximango! Foi divertido e tiramos fotos dos dois Ximangos juntos para a revista da EAA. Finalmente, para minha salvação, conheci Phil Lockwood, um dos maiores autoridades mundiais em motores Rotax. Ele me deu um punhado de bons conselhos e dicas… e, por isso, vou para o Canadá na terça-feira para fazer a revisão do motor.
Voltei para Seattle às 21h30. Essas longas tardes são um bônus na vida dos pilotos!!
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