12 de julho de 2001 (continuação)
Enquanto eu esperava Yakov no aeroporto de Portland, consegui almoçar – um bônus porque normalmente não tenho tempo. Quando ele chegou, nós esvaziamos grande parte da bagagem e dos equipamentos e voamos para McMinnville só a 32 n.m. de distância. A idéia era despachar alguns itens para a Rússia, mas acabou sendo impossível, então gastamos duas horas no Evergreen Aviation Museum, dono do “Spruce Goose”, o maior avião de todos os tempos, que tinha visto em Long Beach, Califórnia há vinte anos. É um hidravião monstruoso, com oito motores, construído por Howard Hughes no início dos anos 40 (http://sprucegoose.org). Depois, regressamos para Portland International. Até então, os controladores sabiam tudo sobre o PT-ZAM e não perguntaram mais em qual tipo de aeronave estávamos. Reinstalamos a bagagem e Yakov voltou para Califórnia.
Eu segui, sozinho novamente, para Seattle. Desde que saí do Brasil, tenho voado sempre na direção noroeste. Os dias são cada vez mais longos. Nesta época do ano, só fica escuro em Seattle às 22h00. Somando tudo, foram 8 horas e meia de vôo naquele dia desde Salt Lake City, com vários pousos e decolagens. Fiquei feliz de aterrissar às 21h30, logo na hora que o sol estava se pondo.
Apesar de já ter pousado em Boeing Field (Seattle) uma vez antes com Margi em 1997, preferi dizer para o controlador que não estava familiarizado com a área e aceitar a vetoração. Tinha maresia e com o sol na minha cara, estava difícil de distinguir o aeroporto certo, porque são três a poucos quilômetros uns dos outros e há uma grande escolha de pistas diferentes. O controlador me trouxe diretamente até o final para o pouso e me passou diretamente para a Torre. Fantástico. Posso me acostumar com todas essas mordomias. Mas melhor não, porque não vão durar muito mais…
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