Goiânia-Alta Floresta – 1.050 km

Cruzando o Rio das Mortes - Foto Gérard Moss

Cruzando o Rio das Mortes – Foto Gérard Moss

24 de junho de 2001

Decolei com os primeiros raios do sol. Eram as 06h10, um dia lindo. Cavok. Perdi logo contato com o Controle de Anápolis e não consegui falar com Centro Brasília. O rádio ficou mudo quase o vôo todo até Alta Floresta (5horas 25mins). Sobrevoei muitas queimadas. Espero que o sensor de ozônio captou os dados. Experimentei vários níveis de vôo e tirei fotos do nível de transição do smog a 7.000 pés de altitude. Fiz um trecho de vôo maravilhoso pouco acima das copas das árvores em companhia de papagaios e araras. Também, degustei do primeiro almoço a bordo: sopa de legumes e uma bebida láctea sabor baunilha, preparadas pela Nutrimental. Foi um vôo tranqüilo, e poderia ter voado mais. Porém, não há aeroporto com gasolina entre Alta Floresta e Manaus, uma distância de 870 km. Carreguei 11 horas de gasolina para alcançar Boa Vista (a 1.500 km) logo de uma vez, com boas reservas. Vai ser a decolagem mais pesada até agora.

Ainda tenho problemas técnicos. Os medidores de dados deram pane nesse trecho, mas consegui fazer uns consertos à tarde. Foi um prêmio chegar no hotel Floresta Amazônica, onde araras e tucanos gritam das árvores, curtindo sua liberdade.

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