23 de junho de 2001
Foi uma saída emocionante. Após as despedidas que deixaram o coração apertado, me sentei no pequeno cockpit. Não faltavam pessoas para me empurrar até a pista de táxi, as longas asas do Ximango abrindo um caminho na multidão. Após a decolagem, às 11h20, dois aviões da Esquadrilha A Bruxa se posicionaram na ponta de cada asa e outros três me seguiram enquanto traçamos uma grande curva para fazer a passagem por cima da feira Aero Sport. Depois, os colegas-pilotos, todos feras de acrobacia que admiro demais e que agradeço profundamente pela honra que me proporcionaram, voltaram para Sorocaba e me deixaram às sós. OBRIGADÍSSIMO, Cmtes. Ribeiro Jr, Siqueira, Lídio, Tike Bazaia e Dellaglio.
Voando em linha reta, poderia chegar ao meu destino, Goiânia, em quatro horas e meia, mas acabei levando uma hora a mais. Isso porque desviei para medir o ozônio perto de Bauru para o professor Bui Van, da UNESP, circulando 2 minutos em altitudes diferentes. Depois, perto de Uberaba, as condições se tornaram ideais para o planeio. Procurei uns CBs (nuvens cumulo-nimbus) na minha altitude (8.000 pés) e não resisti: cortei o motor e curti um delicioso silêncio durante meia hora. Ao pousar em Goiânia, fui ao hangar da Quick Aviation onde Haig, irmão do Sr. Haebe, me esperava. Alguns pequenos itens ainda precisavam de atenção.
Para a minha grande surpresa, chegou de repente um fã chamado Rogério que descobrira através do site que eu ia pousar em Goiânia. Foi até o aeródromo da Escolinha antes de voltar às pressas até o aeroporto de Santa Genoveva onde conseguiu me localizar. Paciente, Rogério ficou comigo até tarde e me deu uma carona até o hotel.
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